Quase dois terços dos entrevistados afirmaram usar o tempo online para a busca de informações. Em relação ao ecommerce, cresce a adesão de internautas acima dos 50 anos.
A última edição do Digital Global Overview Report, relatório publicado anualmente pela Hootsuite em parceria com a We Are Social, mostra que as pessoas estão passando cada vez mais tempo conectadas. A média diária que um internauta navega na internet, hoje, é de quase 7 horas, o equivalente a metade do tempo que uma pessoa passa acordada.
E o que as pessoas estão fazendo com esse tempo extra? Quase dois terços dos entrevistados afirmaram que a busca por informações é atualmente o principal motivo para usarem a internet (63%), seguido por manter contato com amigos e parentes (56,3%), se atualizar sobre notícias e eventos (55,6%) e descobrir como realizar determinada atividade (51%).
A busca sobre informações acerca de marcas e produtos ficou em 7º lugar (46,6%). Um número expressivo também afirmou procurar por lugares para viajar e passar as férias (38,7%) e por dicas e produtos de saúde (36,3%).
Além disso, a pesquisa mostra que os hábitos de busca estão evoluindo. Apesar dos grandes buscadores ainda serem a principal fonte de pesquisa (com 98% dos entrevistados afirmando que se utilizam dessas ferramentas ao menos uma vez ao mês), 7 em cada 10 também utilizam outras formas de busca para obter informações, como pesquisas por voz (45,3%), buscas sobre marcas e produtos em que estejam interessados nas redes sociais (44,8%), e ferramentas de reconhecimento de imagens como Pinterest Lens e Google Lens (32,9%).
Entre os jovens, a busca por informações nas redes sociais é ainda maior. A maioria dos internautas da chamada geração Z (entre 10 e 26 anos) mostraram uma maior predisposição a se informarem sobre marcas e produtos através de social media do que pelas ferramentas de busca tradicionais.
AUDIÊNCIA MAIS MADURA NO ECOMMERCE
Mas um fato que chamou a atenção dos pesquisadores é que em relação a adoção do ecommerce como ferramenta de compra a diferença entre jovens da geração Z e os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) é muito pequena, especialmente entre as mulheres. Enquanto 77,7% das internautas mulheres entre 16 e 24 anos afirmam ter comprado algum produto pela internet no último mês, entre as mulheres de 55 a 64 anos esse número chega a 75,6%. O fato é que mulheres nessa faixa etária estão mais propensas a realizar compras onlines do que homens entre 16 e 24 anos (72,6% apenas realizam compras no último mês).
Outro fato interessante é que um número significativo de internautas mais velhos estão utilizando a internet para jogos online. Apesar de ainda se encontrarem bem atrás dos mais jovens (onde mais de 90% apresentam esse hábito), 67,2% dos internautas entre 55 e 64 anos afirmaram ter jogado na internet no último mês.
Internautas nesta faixa etária também foram os maiores responsáveis pelo crescimento de usuários no Facebook no último ano (cerca de 25%) e também no Snapchat. No caso dos homens, eles representaram um terço do crescimento demográfico da plataforma nos últimos três meses.
SMARTPHONES COMO PRIMEIRA TELA
5,66 bilhões de pessoas estão se conectando à internet através de seus smartphones, o que representa 66,6% da população mundial e um crescimento de 1,8% desde janeiro do ano passado. Dados da App Annie, uma plataforma de marketing e analytics para mobile, mostra que os internautas passam hoje cerca de 4 horas diárias em seus celulares.
De todo esse tempo, 44% é gasto com social media e aplicativos de comunicação, 26% com vídeos e entretenimento, 9% com jogos e 21% com outros tipos de aplicativos. Isso implica dizer que as pessoas estão passando cerca de 7% a mais de seu tempo usando o celular do que em frente a TV.
Mesmo assim, os smartphones ainda são responsáveis por menos da metade do tempo que as pessoas passam conectadas à internet (53%). Mesmo que 9 em cada 10 internautas acessem a rede por seus celulares, dois terços deles ainda se utilizam também de notebooks e desktops. Em alguns países, especialmente no oeste europeu, a diferença entre o uso de celulares e computadores é muito pequena, o que evidencia a necessidade de manter estratégias de marketing e engajamento que sejam multi-plataformas.
Confira a integra do relatório.
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