No dia 26 de agosto, comemoramos o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data é um importante marco em nosso calendário, fazendo-nos lembrar das conquistas das mulheres ao longo da história e da luta contínua para condições de igualdade entre os gêneros. Afinal, mais do que celebrar, é importante refletir e agir no combate à desigualdade.
O Brasil tem uma média de 12 mulheres assassinadas todos os dias. Em 2017, de acordo com dados oficiais de todos os estados, foram 4.473 homicídios dolosos, dos quais 946 podem ser classificados como feminicídios – ou seja, casos em que as mulheres foram vítimas de crimes de ódio motivados exclusivamente por sua condição de gênero.
Esses números são ainda maiores do que os registrados no ano anterior, com um aumento de 6,5%.
O caso das mulheres negras é ainda mais grave: enquanto o feminicídio de mulheres brancas teve uma queda de quase 10%, segundo dados do Instituto Avon e da ONU Mulheres, o número de mulheres negras que sofreram esse tipo de violência teve um aumento de 54% no mesmo período.
MERCADO DE TRABALHO AINDA É DESIGUAL
A autonomia financeira é um passo importante para muitas mulheres conquistarem maior segurança e qualidade de vida. No entanto, o mercado de trabalho ainda tem muito a melhorar para garantir igualdade de oportunidades.
Algumas profissões ainda são barreiras para as mulheres e, quando ultrapassadas, têm disparidades salariais, reforçadas por argumentos preconceituosos como a questão da maternidade ou de um determinado “perfil”, limitando a ascensão dessas profissionais.
Atualmente, as mulheres recebem salários até 30% menores do que homens que ocupam os mesmos cargos e com a mesma formação. Novamente, as mulheres negras são as que enfrentam maior disparidade: a diferença chega a 60% a menos do que os salários dos homens brancos e 40% menor que as mulheres brancas.
Em 2017, entretanto, houve um aumento de 16% no número de mulheres ocupando cargos de CEOs. Mas para as mulheres negras esse aumento foi ainda mais tímido, não chegando a 1%.
A igualdade entre os gêneros está prevista na nossa Constituição de 1988, mais especificamente no artigo 5º.
A Linka acredita no valor da igualdade e se posiciona a favor de medidas inclusivas, que respeitem o espaço da mulher, seus direitos e a sua segurança.
FILMES, DOCUMENTÁRIOS, E OUTROS CONTEÚDOS SOBRE IGUALDADE
Quer saber mais sobre o assunto? Veja algumas referências sobre o tema que selecionamos para você se informar!
Blogueiras Negras – Projeto criado a partir da Blogagem Coletiva da Mulher Negra, possui conteúdos informativos e reflexivos sobre opressões às mulheres negras.
Revista AzMina – Publicação online e gratuita para mulheres.
As Sufragistas – (Filme) No começo do século 20, uma jovem sufragista cheia de idealismo põe em prática estratégias radicais para combater a opressão pelo sexo oposto.
Histórias cruzadas – (Filme) Uma escritora branca abala o status quo do Mississipi dos anos de 1960 ao entrevistar empregadas domésticas negras e divulgar suas histórias.
Maria da Penha, um caso de Litígio Internacional – História de como Maria da Penha sofreu uma brutal agressão do marido e como sua história levou à criação da Lei de Proteção das Mulheres.
TED – Todos devemos ser feministas (Chimamanda Ngozi) – Palestra que originou o livro com o mesmo título da autora nigeriana.
TED – O Perigo da História Única (Chimamanda Ngozi) – Palestra sobre como estereótipos de qualquer tipo podem destruir vidas.
TED: A Mulata que Nunca Chegou (Nataly Neri) – Reflexões sobre como é crescer sendo uma mulher negra e como a sexualização dessas mulheres começa precocemente.